terça-feira, 6 de outubro de 2015

011 - À Meia-Noite a Porta se Abriu...

Bu... digo, Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Boa madrugada! Boa qualquer-hora-em-que-você-estiver-vendo-este-post (quer dizer... madrugada, desta vez, não... né? POR FAVOR)!
Eu sei, eu sei, eu sei, car@ leitor@ mais sensível... nossa Filmoteca ficou muito sombria e fantasmagórica após tratarmos de "Wuthering Heights" na Biblioteca e na Discoteca, e a postagem sobre o Gasparzinho. Sou o primeiro a reconhecer isso. Mas não será hoje que vocês terão algum descanso, já aviso!
Acho que, assim como algumas pessoas precisam atingir "o fundo do poço" para poder ressurgir na glória, a Filmoteca pode aguentar um mergulho maior na escuridão e no oculto antes de se voltar a um material mais alegre. Fora que, olhem só, não falamos sobre nenhum filme de horror (ou "filme de terror", como muit@s gostam de chamar), ainda, gente! Chegou a hora!
'Timbora nóis - mas alguém pelamordedels segure a minha mão!

Fonte da imagem: http://www.filmaffinity.com/

Tpitulo: A Casa das Almas Perdidas
Título Original: The Haunted
Exibição: 20th Century Fox Television
Produtora: FNM Films e 20th Century Fox Television
Data de lançamento: 06/05/1991
Direção: Robert Mandel
Produção: Daniel Schneider
Roteiro: Darrah Cloud (baseado no livro "The Haunted: One Family's Nightmare", do jornalista Robert Curran)
Elenco: Sally Kirkland (Janet Smurl)
Jeffrey DeMunn (Jack Smurl)
Louise Latham (Mary Smurl)
George D. Wallace (John Smurl)
Stephen Markle (Ed Warren)
Diane Baker (Lorraine Warren)
Joyce Van Patten (Cora Miller)
John O'Leary (Padre Larson)
Jake Jacobs (Padre Kent)
Continuando com o tema dos desencarnados na Filmoteca, seguimos do Fantasminha Camarada para alguns nada legais. Pessoas mais sensíveis, culpem a Ana Paula Calixto, que sugeriu a obra de hoje!
O que vocês diriam se sua mãe, sua filha, sua esposa viesse lhes dizer que está vendo coisas estranhas, ouvindo coisas estranhas e que quer se mudar? É estranho, para dizer o mínimo, não é? Eu sei, minha mãe vive tendo sonhos estranhos e sempre os interpreta como o falecimento de alguém. Eu rio pra me acabar e mango da pobre sem dó, sou um péssimo filho!
É justamente este o mote d'A Casa das Almas Perdidas. Após perder tudo numa enchente, os Smurl compraram uma casa nova para morar, e percebem que tem mais gente com eles na casa, e infelizmente não é o Gasparzinho, nem o Penadinho! Aí, já viram, né? É um auê com igreja, imprensa, tem até um casal de médiuns famoso para dar mais emoção! Só faltou, mesmo, alguma boneca assombrada.
Fonte da imagem: http://www.childstarlets.com/

Papai, eu amei nossa casa mal-assombrada nova! Podemos ter também as Monster High?
Começa de leve: objetos somem e reaparecem, pinturas se desfazem sozinhas, eletrodomésticos pegam fogo sem nem estarem ligados... com o passar dos anos, as coisas mudam de figura: as dívidas com os prejuízos de consertos aparecem, vozes de vocabulário pouco cristão são ouvidas e os ânimos da casa começam a ser afetados, embora ninguém acredite em qualquer presença influenciando todo mundo. Até o momento da percepção definitiva de mamãe e vovó Smurl.
Fonte da imagem: http://www.childstarlets.com/

Será que não dá pra ter entidades que não destruam nossa casa?
Atuações em filmes de horror não são, lá, a coisa mais maravilhosa da vida - se for para a televisão, então, parece que vira artigo de luxo. Não é o caso de Sally Kirkland, aqui! Ela está soberba na pele da mãe prestes a perder a sanidade tentando provar à sua própria família que ainda a detém, e após, lutando para manter a família a salvo - basicamente, a coitada carrega o filme praticamente sozinha nas costas. Nem mesmo a edição xexelenta do filme lhe tirou o brilho. Jeffrey DeMuunn, como o marido, também faz bonit(inh)o, tendo que lidar com os acontecimentos e as incertezas, sem nem mesmo acreditar na sanidade da esposa. Allison Barron, que faz a filha mais velha quando adolescente, também traz uma performance acima da média. Já o resto do elenco... bem, é um filme de horror - e feito para a televisão. E com um bando de crianças.
Eu confesso não saber julgar os efeitos especiais, mesmo em relação à época. Mas as manifestações, ao se materializarem, simplesmente não me convenceram de jeito nenhum. O filme convence bem mais nos momentos de terror psicológico, especialmente por conta da música, que ajudou bastante a criar o clima de tensão e perigo iminente.
Fonte da imagem: http://www.porraman.com/

Na casa do Senhor, não existe Satanás!
A primeira coisa que o filme faz questão de mostrar é um letreiro avisando que a obra é uma "dramatização de um evento real". Uma pequena pesquisa já diz que a família Smurl virou um grupo de sub-celebridades no seu tempo, e vez por outra volta aos holofotes quando esse filme vem à baila. Até aí, tudo bem, cada um faz o que melhor lhe apetece. Eu só me pergunto uma coisa: como raios esta família continua a morar nesta casa, mesmo após tudo o que aconteceu com eles? Eu, mesmo, não voltaria jamais!!!
O que eu posso dizer é que A Casa das Almas Perdidas teve em mim o mesmo efeito de "O Exorcista" - medo próximo do zero durante a projeção, mas e dormir sozinho, depois?

Primetime Emmy Awards 1991:
Melhor Cinematografia para uma Minissérie ou Especial Televisivo (Michael D. Margulies) - Vencedor: Gayne Rescher, por "Lucky Chances (parte 1)"
Golden Globes 1992:
Melhor Atriz numa Minissérie ou num Filme Feito para Televisão (Sally Kirkland) - Vencedora: Judy Davis, por "Correndo Contra o Vento"

VEJAM TAMBÉM!
Biblioteca

"O Morro dos Ventos Uivantes"
(romance)
Emily Brontë
Discoteca

"Sobre Sábado (Sabato)"
(single)
Tony Maciel e Geovana

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkk... Não me culpe de nada!
    Esse filme, apesar de toda precariedade, foi icônico pois influencia outros atuais como a saga Sobrenatural, Babadoock e Invocação do Mal (este, em especial, dizem que teve o mesmo casal de médiuns exorcistas como cuidadores do caso real). Até Poltergeist se baseou na história desse casal. Porém, o mais se aproxima da história da família é esse aí feito para tv.risos...
    Parabéns pela crítica!
    Beijos.

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